A prefeitura de Candeias gastou R$ 60 mil com a
compra de flores em 2011. Assinado em 26 de setembro, o contrato 100/11 previa
que Magda Regina Medeiros dos Santos Ramos forneceria flores por um ano “para
os diversos eventos” que acontecem na Secretaria de Educação do município. Além
de querer florir a cidade – ou uma secretaria, mais especificamente – a prefeita Maria Maia (PMDB) também tinha pressa em melhorar a cidade. Tanto é
assim que, dois meses depois, a pasta de Administração autorizou cinco
dispensas de licitações na contratação de construtoras. Elas foram assinadas no
mesmo dia (24 de novembro) e justificadas com base no artigo 24, inciso IV da
Lei 8.666/93. O aluguel de máquinas da Andrade Leal para serem utilizadas em
“frentes de serviço emergenciais” saiu por R$ 782.212,20. A Dam Construtora
Incorporadora recebeu R$ 1.948.215,47 por serviços de recuperação em estradas
vicinais no município. Já a Solobrax foi paga – também por “serviços
emergenciais” – para reparar a pavimentação de paralelepípedos em diversos
logradouros da sede e dos distritos de Candeias. O valor global foi de R$
2.330.511,3. A prefeitura também contratou a Larseg Construtora por R$
1.526.067,84 para limpar e dragar canais. No esforço para melhorar a cidade,
quem recebeu o maior valor foi a Alpes Engenharia. A empresa foi contratada por
R$ 2.198.760,03 para executar obras de recuperação e pavimentação asfáltica,
drenagem e confecção de passeios e meio-fios nas ruas da Escola, Cachoeira e da
Matriz nos distritos de Passagem dos Teixeiras, Passé, Caboto, Menino de Jesus,
Canta Galo, Posto Sanca e na sede do município. No total, foram gastos
aproximadamente R$ 8,78 milhões para sanar situações emergenciais, o que
corresponde a 5,3% de R$ 166 milhões, valor que foi arrecadado pela cidade no último
ano. Em maio de 2011, Maria Maia ficou inelegível por oito anos depois que a Câmara Municipal de Candeias votou a favor
do parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que reprovou as contas
da gestora. Coincidentemente, a afobação na realização dos contratos acontece
pouco tempo antes do julgamento do pedido de cassação da gestora no Tribunal
Regional Eleitoral (TRE), marcado para o próximo dia 27.
Fonte; Bahia Noticias
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