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quarta-feira, abril 11, 2012

Dário Meira: 50 anos, criticas e propostas de um lutador.



No dia 12 de abril, Dário Meira completará 50 anos de existência.
Situada na região centro sul da Bahia, a pequena cidade, que mais parece um presépio, é uma das mais belas cidades do interior do estado; claro que se comparada às do seu mesmo porte. Rica na sua biodiversidade, o que a difere das outras, o município poderá se tornar um grande pólo de desenvolvimento no futuro, isso a longo período, mas crescendo gradativamente a partir de então. No entanto, a atual situação é ridícula; pois o município amarga uma triste realidade, ou seja, ainda ocupa uma posição vergonhosa nos números oficiais, tendo a pobreza e a má qualidade na educação como principais quadros de vexames, frutos obviamente de uma doença secular denominada corrupção.
É claro que toda essa miséria e estupidez que aí esta e a cada dia mais se prolifera, não se resume apenas nessas duas insídias, diria que o egoísmo, amante submisso do capitalismo, a cegueira do legislativo no seu tradicional faz-de-conta, e a conivência do seu próprio povo colaboraram para que o município se estagnasse nas questões sócio-ambiental, sobretudo no quesito cultural. Porém, no que se refere ao aspecto econômico, o povo da bela cidade vem demonstrando esforços e capacidade de desenvolvimento, atitude singular; o que infelizmente, o atual governo não faz, muito pouco incentiva, e oferece apenas a indiferença como face da sua verdadeira colaboração.
Idem, é preciso ressaltar que todo esse atraso que foi causado ao município não foi por acaso ou por que “Deus quis assim”, infelizmente toda essa catástrofe foi criada por uma corrente do mal, corrupta e de cara limpa, que teve como objetivo: assaltar os cofres do município e implementar o desespero na comunidade! Corrente que sempre perdura, pois a mamata é eterna, enquanto duram os grupos corruptos. No entanto, é extremamente necessário irrigar a esperança, pois ainda há homens e mulheres de bem no município, pessoas de valores e idéias que devem ser preservadas e aproveitadas em prol do bem estar de todos, enquanto a corrente do mal não seqüestram o nosso rio.
Diante disso, o que podemos fazer para melhorar a situação? Uma resposta consistente, acredito que seja ter consciência que o município tem uma divida que não é da comunidade, que ninguém, senão aqueles que fizeram essa mágica com os descontos do INSS sumirem, que tem o dever de pagar, se fosse num país serio, pagariam na cadeia.  Outra resposta talvez louvável seja enxugar a máquina, realizar uma audiência pública e administrar com o povo; ou quem sabe implementar o ecoturismo, já que a região apresenta um cenário perfeito para essa prática, pois focaria novas políticas de desenvolvimento, principalmente com sustentabilidade e responsabilidade do gestor. Isso ajudaria a suscitar uma visão empreendedora na população, onde poderia surgir um amadurecimento político e provavelmente uma independência, sobretudo moral e espiritual, onde se questionasse os valores das coisas e os valores dos próprios valores. Aí talvez surgisse uma reflexão coletiva: “o voto não tem preço, tem conseqüência”. No entanto, para que tudo isso aconteça, educação de qualidade tem que ser privilégio, salário compatível para o bom educador ou educadora, (que me perdoe os professores que embriagam as sementes), implementação de políticas aliadas às do turismo e à da criança e adolescente, bem como para os idosos; ainda assim, transparência na administração, menos concentração e privilégios dos cargos, ousadia para inovar na arquitetura do município, planejamento e demais políticas e pluralidades de idéias.
Enfim, respeitando a comunidade e a comunidade tendo mais questionamento, participação e pensamento elevado, o texto acima descrito e outras propostas que forem implementadas, se não preparassem a cidade para o centenário, a deixaria melhor e mais humana para o seu povo.      
Ramair Libarino Amaral

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