A Bahia deve ser o próximo estado a implantar alas para lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros (LGBTs) como forma de
reduzir a violência dentro de presídios. A mudança deve acontecer em
unidades que ainda estão em construção e serão entregues em 2014. O
modelo já existe em complexos penitenciários de Minas Gerais, Rio Grande
do Sul, Paraíba e Mato
Grosso. “A ideia é tirar essas pessoas do
convívio dos presos, porque havia denúncias de maus tratos, além da
necessidade de oferecer a elas um tratamento apropriado”, explicou o
subsecretário de Administração Prisional de Minas, Murilo Andrade. A ala
LGBTs no Presídio de São Joaquim de Bicas, em Minas, existe desde 2009.
A chefe da Coordenadoria Especial de Políticas de Diversidade Sexual do
estado, Walkíria La Roche, afirma que trata-se também de uma questão de
saúde. Segundo ela, os homossexuais e travestis abusados sexualmente
nas prisões acabam contraindo doenças sexualmente transmissíveis (DST)
e, consequentemente, transmitindo a outros homens no ambiente
carcerário. “É muito comum no nosso país que essas pessoas sejam usadas
como moeda de troca nos presídios. Não há preocupação com a transmissão
de DST. E como os homens, depois, recebem visita íntima, pode causar uma
epidemia”, declarou.
Fonte: Agência Brasil.
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