A festa do cinqüentenário de
Dário Meira acabou em paz. Mas deixou uma reflexão que deve ser analisada por
todos nós seres pensantes.
Segundo informações do blog
Dário Meira Online, o bolo que foi feito e repartido nas comemorações do
aniversário da bela cidade, media aproximadamente 50 metros de comprimento.
Como era um bolo de aniversário, os foliões presentes se deliciaram com a
guloseima. Nada mal, pois foi o único bolo que a população teve acesso com transparência
e oportunidade de degustar o fruto do seu próprio suor. Aliás, oportunidade foi
o que mais faltou para os talentos da terra; por exemplo, a banda Conexão a Mil
que esta engatinhando na estrada, a banda envagélica Sistema C e demais
artistas, mereciam mostrar suas caras por pelo menos alguns minutos; sem deixar
de citar um estudo bem elaborado da nossa história e da memória viva do
município, bem como um sarau de poesia e outras coisas mais da cultura da nossa
cidade, infelizmente tudo isso ficou ausente e cada vez mais distante do
público.
No que tange a ornamentação
da festa, como se tratava do cinqüentenário do município, achei tão patético
quanto ridícula, pois não havia nada de novo, senão previsível e no “preto e
branco”. No entanto, em relação às bandas musicais, exceto a envagélica, muito
conhecida do publico protestante, ainda assim alvo de criticas, as outras
bandas, bem como a turma da jovem guarda, merecem os mais sinceros reconhecimentos;
principalmente o pessoal da velha guarda, pois foi possível agradar a todos os
públicos. Todavia, como tudo saiu limitadamente previsível, portanto sem
novidades, exalta-se apenas o pessoal que trabalharam durante todo o evento
para deixar tudo certinho até o final, claro que são dignos de elogios a
competição envolvendo os motociclistas da região. À parte, e com muita
descontração, ousadia e irreverência; os blocos animaram a galera!
Porem, o que desejo provocar
à reflexão, não é exatamente sobre o evento, mas sobre a falta de uma política
cultural no município, ou seja, de um planejamento coletivo, envolvendo
artistas, lideres comunitários, executivo, legislativo, pluralismo de idéias,
responsabilidade, democracia e transparência. Enquanto nada disso for feito,
ficaremos a mercê das festas “em cima da hora” e nas mesmices que perduram
desde outrora, transparecendo aos foliões visitantes que a falta de
criatividade e o contentamento medíocre se identificam com nosso povo, quando
na verdade é uma idiossincrasia insossa e sem compromisso, herança doentia de
administrações comprometidas apenas com a política do faz de conta, sem cores
de competência, sem arte e sem bom senso com o bem comum, sobretudo sem
pensamento elevado.
Ramair Libarino do Amaral
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