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quinta-feira, abril 19, 2012

Dário Meira: 50 anos, comentários para reflexão.


A festa do cinqüentenário de Dário Meira acabou em paz. Mas deixou uma reflexão que deve ser analisada por todos nós seres pensantes.
Segundo informações do blog Dário Meira Online, o bolo que foi feito e repartido nas comemorações do aniversário da bela cidade, media aproximadamente 50 metros de comprimento. Como era um bolo de aniversário, os foliões presentes se deliciaram com a guloseima. Nada mal, pois foi o único bolo que a população teve acesso com transparência e oportunidade de degustar o fruto do seu próprio suor. Aliás, oportunidade foi o que mais faltou para os talentos da terra; por exemplo, a banda Conexão a Mil que esta engatinhando na estrada, a banda envagélica Sistema C e demais artistas, mereciam mostrar suas caras por pelo menos alguns minutos; sem deixar de citar um estudo bem elaborado da nossa história e da memória viva do município, bem como um sarau de poesia e outras coisas mais da cultura da nossa cidade, infelizmente tudo isso ficou ausente e cada vez mais distante do público. 
No que tange a ornamentação da festa, como se tratava do cinqüentenário do município, achei tão patético quanto ridícula, pois não havia nada de novo, senão previsível e no “preto e branco”. No entanto, em relação às bandas musicais, exceto a envagélica, muito conhecida do publico protestante, ainda assim alvo de criticas, as outras bandas, bem como a turma da jovem guarda, merecem os mais sinceros reconhecimentos; principalmente o pessoal da velha guarda, pois foi possível agradar a todos os públicos. Todavia, como tudo saiu limitadamente previsível, portanto sem novidades, exalta-se apenas o pessoal que trabalharam durante todo o evento para deixar tudo certinho até o final, claro que são dignos de elogios a competição envolvendo os motociclistas da região. À parte, e com muita descontração, ousadia e irreverência; os blocos animaram a galera! 
Porem, o que desejo provocar à reflexão, não é exatamente sobre o evento, mas sobre a falta de uma política cultural no município, ou seja, de um planejamento coletivo, envolvendo artistas, lideres comunitários, executivo, legislativo, pluralismo de idéias, responsabilidade, democracia e transparência. Enquanto nada disso for feito, ficaremos a mercê das festas “em cima da hora” e nas mesmices que perduram desde outrora, transparecendo aos foliões visitantes que a falta de criatividade e o contentamento medíocre se identificam com nosso povo, quando na verdade é uma idiossincrasia insossa e sem compromisso, herança doentia de administrações comprometidas apenas com a política do faz de conta, sem cores de competência, sem arte e sem bom senso com o bem comum, sobretudo sem pensamento elevado.

Ramair Libarino do Amaral

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